O que acontece depois que o bebê nasce? Além de todo o amor e carinho que envolve a chegada de um novo membro na família, existe um processo fisiológico importantíssimo chamado dequitação placentária. Você sabe o que é? É sobre isso que vamos conversar hoje!
A dequitação placentária é a fase final do parto, quando a placenta se descola do útero e é expelida. Parece simples, né? Mas é um momento crucial que precisa ser acompanhado com cuidado pelos profissionais de saúde. Neste post, vamos entender tudinho sobre esse processo: o que é, como acontece, os sinais, possíveis complicações, cuidados e muito mais. Prepare o cházinho, porque esse papo é de amiga para amiga, com aquela linguagem fácil de entender que a gente gosta! Bora lá?
Entendendo a Dequitação Placentária
A dequitação placentária, também conhecida como secundamento ou terceiro estágio do parto, é a saída da placenta, do cordão umbilical e das membranas fetais do útero, após o nascimento do bebê. É um processo natural que geralmente ocorre dentro de 30 minutos após o parto. Imaginem o útero como um bercinho acolhedor para o bebê durante a gestação. Depois que o neném nasce, esse bercinho não precisa mais ser tão grandão, né? Então, o útero começa a se contrair para voltar ao seu tamanho normal. Essas contrações ajudam a descolar a placenta da parede uterina.
A placenta, durante a gravidez, é o órgão responsável por nutrir e oxigenar o bebê. Ela funciona como um filtro, transferindo nutrientes do sangue da mãe para o bebê e retirando os resíduos. Depois que o bebê nasce e respira por conta própria, a placenta não tem mais essa função vital, então, tchau, tchau, placenta!
Sinais da Dequitação Placentária
Como saber que a placenta está a caminho da saída? Existem alguns sinais que os médicos e enfermeiras observam:
- Um pequeno aumento no sangramento vaginal.
- O cordão umbilical desce um pouco mais para fora da vagina.
- O útero fica mais firme e arredondado, como uma bola.
- A mulher pode sentir uma leve cólica, parecida com as cólicas menstruais.
É importante lembrar que cada mulher é única, e o processo pode variar. Mas, em geral, esses são os sinais que indicam que a dequitação placentária está acontecendo.
Como Acontece a Dequitação Placentária?
Geralmente, a dequitação placentária acontece naturalmente, sem a necessidade de intervenções. O útero se contrai, a placenta se descola e, com a ajuda da gravidade e de algumas contrações mais fortes, ela é expelida pela vagina.
Em alguns casos, o médico ou a enfermeira podem aplicar uma leve pressão na barriga da mulher e puxar delicadamente o cordão umbilical para ajudar a placenta a sair. Isso é feito com muito cuidado para evitar qualquer trauma ou sangramento excessivo. Em casos raros, pode ser necessária uma pequena cirurgia para remover a placenta manualmente.
Possíveis Complicações na Dequitação Placentária
Apesar de ser um processo natural, algumas complicações podem ocorrer durante a dequitação placentária. A mais comum é a retenção placentária, que acontece quando a placenta não é expelida completamente dentro de 30 a 60 minutos após o parto.
A retenção placentária pode causar sangramento intenso, infecção e outros problemas. Por isso, é essencial que a equipe médica esteja atenta a essa possibilidade e tome as medidas necessárias para garantir a completa expulsão da placenta.
Retenção Placentária
A retenção placentária, como o nome já diz, é quando a placenta “fica presa” e não sai completamente. Ela pode ser parcial, quando apenas uma parte da placenta fica retida, ou completa, quando a placenta inteira não é expelida. Isso pode acontecer por vários motivos, como a placenta estar inserida muito profundamente na parede do útero ou a falta de contrações uterinas eficazes.
O principal sintoma da retenção placentária é o sangramento intenso após o parto. Outros sintomas podem incluir febre, dor abdominal e corrimento vaginal com mau cheiro. Se você apresentar algum desses sintomas após o parto, procure imediatamente um médico.
Placenta Acreta
A placenta acreta é uma condição mais rara, mas grave, na qual a placenta se liga muito profundamente à parede uterina, invadindo o músculo do útero. Em casos mais graves, a placenta pode atravessar completamente o útero e atingir órgãos vizinhos, como a bexiga. A placenta acreta pode causar sangramento intenso e potencialmente fatal durante o parto e a dequitação placentária. O diagnóstico da placenta acreta é feito por meio de ultrassom durante a gravidez.
Em casos de placenta acreta, geralmente é recomendada uma cesárea seguida da remoção cirúrgica do útero (histerectomia) para controlar o sangramento. É um procedimento complexo que exige uma equipe médica especializada.
Inversão Uterina
A inversão uterina é uma complicação rara e grave na qual o útero se vira do avesso, como uma meia. Isso pode acontecer durante a dequitação placentária, quando o médico puxa com muita força o cordão umbilical ou quando a placenta está fortemente aderida à parede uterina.
A inversão uterina pode causar sangramento intenso, choque e até mesmo a morte. O tratamento envolve a reposição manual do útero para sua posição normal e a administração de medicamentos para controlar o sangramento. Em alguns casos, pode ser necessária uma cirurgia.
Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD)
A CIVD é uma complicação rara, mas grave, que pode ocorrer durante a dequitação placentária. É um distúrbio da coagulação sanguínea em que o corpo começa a produzir coágulos em pequenos vasos sanguíneos por todo o corpo. Isso pode levar a sangramento intenso e danos a órgãos vitais.
A CIVD é mais comum em mulheres com complicações na gravidez, como pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta ou infecção. O tratamento envolve a administração de medicamentos para controlar a coagulação do sangue e transfusões de sangue para repor a perda de sangue.
Cuidados na Dequitação Placentária
Após a dequitação placentária, é importante que a mulher seja monitorada atentamente pela equipe médica para garantir que não haja sangramento excessivo ou outras complicações. A enfermeira irá verificar regularmente a pressão arterial, a frequência cardíaca e o sangramento vaginal da mulher.
A mulher também receberá medicamentos para ajudar o útero a se contrair e reduzir o risco de sangramento. É importante que ela descanse bastante e beba bastante líquido para se recuperar do parto. A amamentação também ajuda o útero a se contrair e voltar ao seu tamanho normal. Nos primeiros dias após o parto, a mulher pode sentir algumas cólicas, semelhantes às cólicas menstruais, devido às contrações uterinas. Esses são desconfortos normais.
LISTA COM 10 DICAS IMPORTANTES:
- Converse com seu médico: Tire todas as suas dúvidas sobre a dequitação placentária durante o pré-natal.
- Relaxe: Tente ficar calma e tranquila durante o parto. O estresse pode interferir nas contrações uterinas.
- Amamente: A amamentação estimula a liberação de ocitocina, um hormônio que ajuda o útero a se contrair.
- Monitore o sangramento: Observe a quantidade de sangue perdido após o parto. Se o sangramento for muito intenso, avise imediatamente a equipe médica.
- Repouse: Descanse bastante nos primeiros dias após o parto para se recuperar.
- Alimentação saudável: Mantenha uma alimentação equilibrada e rica em ferro para ajudar na recuperação.
- Higiene íntima: Cuide da higiene íntima para prevenir infecções.
- Massagem uterina: A enfermeira pode fazer massagens no seu útero para ajudar a contrair e expelir a placenta.
- Medicação: Se necessário, o médico pode prescrever medicamentos para ajudar na contração uterina.
- Acompanhamento pós-parto: Faça o acompanhamento médico pós-parto para garantir que tudo está correndo bem.
TABELA COMPARATIVA DOS TIPOS DE RETENÇÃO PLACENTÁRIA:
Tipo de Retenção | Descrição | Tratamento |
---|---|---|
Retenção Placentária Parcial | Parte da placenta permanece no útero. | Geralmente, a placenta é removida manualmente pelo médico. |
Retenção Placentária Completa | A placenta inteira permanece no útero. | Remoção manual da placenta ou, em casos mais graves, cirurgia. |
Placenta Aderida | A placenta está firmemente aderida ao útero, mas não invade o músculo uterino. | Remoção manual ou com instrumentos cirúrgicos. |
Placenta Acreta | A placenta invade o músculo uterino. | Cirurgia para remover a placenta e, em alguns casos, o útero. |
Placenta Increta | A placenta invade mais profundamente o músculo uterino. | Cirurgia para remover a placenta e, em alguns casos, o útero. |
Placenta Percreta | A placenta atravessa completamente o útero e pode atingir órgãos vizinhos. | Cirurgia para remover a placenta e, em alguns casos, o útero. |
Como Lidar com as Cólicas Pós-Parto
As cólicas pós-parto são incômodas, mas fazem parte do processo de recuperação. Para aliviar o desconforto, você pode:
- Usar uma bolsa de água quente na região abdominal.
- Tomar analgésicos recomendados pelo médico.
- Fazer massagens suaves na barriga.
- Respirar profundamente.
- Deitar de lado com os joelhos flexionados.
PRODUTOS
Como esse é um processo fisiológico natural, não existem produtos específicos para a dequitação placentária. O foco é no acompanhamento médico adequado e nos cuidados pós-parto. Mas, no pós-parto, existem alguns produtos que podem auxiliar no conforto e bem-estar da mamãe:
- Absorventes pós-parto: São absorventes maiores e mais absorventes que os absorventes comuns, ideais para o sangramento pós-parto. Marcas como Natura e Sempre Livre oferecem boas opções.
- Calcinhas pós-parto: São calcinhas descartáveis ou de tecido, com cintura alta e compressão na região abdominal, que ajudam na recuperação e proporcionam mais conforto. Invista em marcas como Plié e Yoga.
- Pomadas para os seios: A amamentação pode causar rachaduras e fissuras nos mamilos. Pomadas à base de lanolina, como Lansinoh e Purelan, ajudam a hidratar e cicatrizar a pele.
- Sutiãs de amamentação: Sutiãs confortáveis e com fácil abertura para amamentar são essenciais para o pós-parto. Marcas como Hope e Liz oferecem modelos específicos para amamentação.
* Preços podem variar de acordo com a região e loja. Consulte sempre um profissional de saúde para recomendações personalizadas. As informações sobre os produtos são baseadas em suas descrições gerais e não substituem a avaliação médica.
Perguntas Frequentes sobre Dequitação Placentária
Quanto tempo demora a dequitação placentária?
Geralmente, a dequitação placentária ocorre em até 30 minutos após o nascimento do bebê. Em alguns casos, pode levar até uma hora.
É normal sentir dor durante a dequitação placentária?
Sim, é normal sentir cólicas semelhantes às cólicas menstruais durante a dequitação placentária. Se a dor for muito forte, avise a equipe médica.
O que acontece se a placenta não sair?
Se a placenta não sair dentro de um determinado período, é considerada uma retenção placentária, e o médico tomará as medidas necessárias para removê-la.
Quais são os sinais de alerta após a dequitação placentária?
Sangramento intenso, febre, dor abdominal forte e corrimento vaginal com mau cheiro são sinais de alerta que devem ser comunicados ao médico imediatamente.
A amamentação ajuda na dequitação placentária?
Sim, a amamentação estimula a liberação de ocitocina, um hormônio que ajuda o útero a se contrair e expelir a placenta.
Como posso me preparar para a dequitação placentária?
Converse com seu médico sobre o processo e tire todas as suas dúvidas. Mantenha a calma e siga as orientações da equipe médica durante o parto.
Ufa, meninas! Chegamos ao final do nosso papo sobre dequitação placentária. Espero que este post tenha esclarecido suas dúvidas e te deixado mais tranquila para essa fase tão importante. Lembre-se: cada mulher é única e cada parto é diferente. O mais importante é estar bem informada e contar com o apoio de uma equipe médica competente. Se você gostou deste conteúdo, compartilhe com as amigas grávidas e deixe seu comentário aqui embaixo com suas dúvidas e experiências. E para mais dicas sobre gravidez, parto e pós-parto, continue acompanhando o blog! Beijos e até a próxima!