Com o advento da tecnologia, temos cada vez mais recursos para monitorar e cuidar da nossa saúde.
E uma das invenções que mais se popularizou nos últimos anos foi o monitor contínuo de glicose (MCG).
Ele tem se popularizando tanto entre pessoas com diabetes, quanto em pessoas que não têm essa condição — mas que gostariam de acompanhar melhor esta métrica importante.
A comunidade médica ainda debate se uma pessoa sem diabetes se beneficiaria de ter um monitor contínuo de glicose consigo. Parece supérfluo, para alguns profissionais — enquanto outros indicam essa ferramenta como forma de auto-experimentação.
Enquanto essa questão não tem uma resposta definitiva, a verdade é que cada vez mais pessoas usam MCGs para obter uma visão mais completa sobre como o seu corpo responde aos alimentos que elas consomem.
Quando combinados com aplicativos de celular específicos para essa finalidade, esses dispositivos realizam medições regulares do nível de açúcar no sangue, fornecendo informações valiosas sobre quais alimentos podem representar desafios significativos para a saúde metabólica de cada indivíduo.
Essa tecnologia está se tornando uma ferramenta poderosa para a compreensão da relação entre alimentação e saúde, mesmo para aqueles sem diabetes diagnosticado.
Então, o que nos dizem os dados dos monitores sobre quais alimentos evitar — para que nosso nível de açúcar no sangue não suba e caia drasticamente?
Alguns alimentos podem ser escolhas óbvias: carboidratos puros como arroz branco, e grãos como trigo e aveia.
Mas outros podem ser surpreendentes: por exemplo, para muitas pessoas, consumir uvas pode elevar significativamente os níveis de açúcar no sangue.
Elas têm mais açúcar do que outras frutas, e são fáceis de consumir em grande quantidade — especialmente se estivermos falando de uvas passas.
Tudo isso pode ser relevante para você que nos lê — ainda mais se você suspeita de pré-diabetes, ou tem glicose alta pela manhã.
Mas note que os dados fornecidos por estes aplicativos são baseados em entradas individuais de alimentos.
Isto é: comer “apenas arroz” de maneira isolada causa picos de glicose — mas se for um pouco de arroz, no meio de uma farta refeição com ovos, legumes, e folhas, esse impacto tende a ser menor.
O que significa que é mais difícil determinar o impacto exato de um alimento quando combinado com outros em uma refeição.
Outros alimentos inesperados que foram encontrados para afetar o nível de açúcar no sangue incluem:
Mingau de aveia
![Milgau de Aveia](https://magazinefeminina.com.br/wp-content/uploads/2024/07/oat-porridge-with-berries.jpg)
Isso pode ser surpreendente para muitos, já que a aveia é vista como um café da manhã saudável.
No entanto, a aveia é um carboidratos simples e — combinada com leite e açúcar, na forma de mingau — é uma bomba de glicose para o seu corpo.
Se deseja uma opção com menos carboidratos, pode optar por um pudim de chia low-carb.
Ou mesmo uma versão low-carb do mingau.
Comida japonesa (sushi)
O culpado aqui geralmente é o arroz branco.
Para desfrutar de sushi sem o aumento de glicose, considere pedir sashimi ou optar por sushi feito com arroz de couve-flor.
Tigelas de Açaí
Embora a fruta do açaí em si tenha pouco açúcar, as tigelas de açaí comerciais muitas vezes estão repletas de açúcares adicionados de outras frutas ou adoçantes — incluindo xaropes de guaraná, e outros disfarces do açúcar.
Isso fica ainda mais grave se você acrescentar ao açaí acompanhamentos como banana, mel, e leite em pó.
Macarrão
O macarrão geralmente é feito com grãos refinados, alimentos que causam aumento do açúcar no sangue para muitas pessoas.
Para tornar essas refeições mais saudáveis, procure substituir os macarrões tradicionais por aqueles feitos de raiz de konjac, abobrinha, ou palmito.
Fast Food
Não é exatamente uma surpresa, mas as comidas de grandes redes de fast food (como combos de lanches com hambúrguer, batata frita, e refrigerante) são uma fonte de carboidratos e gorduras da pior qualidade.
A verdade é que comer pizza ou lanche não é proibido. No entanto, é importante ter consciência da frequência e quantidade do consumo, para que isso seja uma exceção da dieta (como num dia livre) — e não uma regra ou rotina.
Conclusão
Acabamos de ver alimentos que, muito provavelmente, vão elevar de maneira significativa os seus níveis de glicose (açúcar no sangue).
No entanto, é importante lembrar que as reações aos alimentos são altamente individuais, e vão depender de vários fatores, como:
- Seu sexo,
- Sua idade,
- Seu nível de atividade física,
- Seu grau de resistência à insulina,
Dentre muitos outros.
Por isso, é sempre uma boa ideia ouvir o seu corpo e consultar um profissional de saúde ao fazer mudanças significativas na dieta.
E lembre-se sempre de que existem alternativas mais saudáveis disponíveis, mesmo para os seus alimentos favoritos.