Uma das coisas que precisamos ressaltar é que a Copa do Mundo feminina não é apenas um evento esportivo, mas sim um agente para muitas mudanças sociais que vem acontecendo nos últimos anos.
A competição traz muitas discussões sobre a igualdade no futebol e sobre como o esporte é menos valorizado quando as mulheres estão jogando.
Igualdade de gênero é um tema que nunca vai ser deixado de lado, ainda mais quando a maioria das jogadoras sofre com esse preconceito, com salários baixos, falta de patrocínios, a Copa do Mundo feminina vem para mostrar para todos como o futebol feminino também é importante e merece mais espaço nesse ambiente sempre tão masculino.
Imagina quantas meninas não vão se sentir representadas e podendo usar suas camisas de time ao ver mais mulheres jogando e sendo transmitidas nas grandes emissoras de televisão, além de todas as marcas que vão ser favorecidas por isso, mais meninas vão querer comprar camisa da jogadora favorita, ter a sua própria chuteira feminina entre outros artigos esportivos que antes eram reservados só para os garotos.
Abaixo você confere a evolução do futebol feminino e como ele se transformou em um agente de mudanças políticas e sociais ao redor do mundo.
A história do futebol feminino
O futebol luta há muito tempo por um espaço maior nas competições que antes eram somente masculinas, tentando se estabelecer como um esporte que também merece respeito e admiração. Quando falamos sobre a história do futebol feminino, estamos falando de muita determinação e desafios ao longo dos anos.
A primeira partida de futebol feminino aconteceu em 1892, na Escócia, mas foi somente na década de 1970 que o esporte começou a se tornar mais organizado e reconhecido como um esporte legítimo. Algumas pessoas deixaram de olhar para ele com preconceito, mas ainda eram tempos em que as mulheres não ocupavam lugares que eram tão masculinos.
O futebol feminino passou por diversas mudanças nas últimas décadas, aumento de visibilidade e uma maior participação em cargos de liderança dentro do esporte, além das melhorias que o jogo recebeu.
A Copa do Mundo Feminina
A Copa teve seu início em 1991, na China, e no total já teve oito edições. Podemos dizer que esse foi um dos maiores avanços do futebol feminino, sem contar que a cada edição o esporte fica mais emocionante e imprevisível, elevando o nível das jogadoras.
No entanto, se compararmos a quantidade de edições que a Copa do Mundo masculina já teve, podemos ver como a modalidade feminina ainda sofre com muitos preconceitos e pouco incentivo.
Não podemos deixar de citar que hoje em dia o número de jogadoras que recebe um salário decente e justo aumentou, fazendo com que elas possam competir em torneios de alto nível.
E não é só dentro do campo que as mulheres têm feito a diferença, ao longo dos anos muitas se tornaram treinadoras, árbitras e até mesmo executivas dentro do esporte.
A importância política
Por ter ganhado mais reconhecimento nos últimos anos, a Copa do Mundo feminina se tornou um lugar onde muitas pautas sociais são discutidas, visando chamar a atenção para debates importantes, principalmente relacionados a igualdade de gênero e direitos humanos. Vale ressaltar que a competição não promove apenas o futebol feminino, ele é como um catalisador para muitas mudanças sociais e políticas ao redor do mundo, influenciando questões globais voltadas para os direitos das mulheres dentro e fora do futebol.
O impacto econômico
Além dos impactos sociais, não podemos deixar de mencionar todo o impacto econômico que a Copa do Mundo feminina traz para diversas marcas. É muito provável que a competição acabe gerando grandes receitas para os países anfitriões, e também para a FIFA e todas as outras organizações envolvidas. Uma das maneiras de gerar receita durante a competição é com a venda de ingressos, com a popularidade do esporte aumentando, mais pessoas tendem a comprar ingressos para ver o jogo ao vivo.
Além da venda de ingressos, patrocínios e publicidades fazem com que a receita cresça durante e depois da competição. Muitas marcas consagradas patrocinam a Copa do Mundo feminina, vendendo produtos oficiais relacionados a competição, como camisas, bonés, bolas de futebol, conjuntos de moletom, entre outros.
Com esse aumento de investimento, espera-se que mais marcas comecem a patrocinar não só os torneios, mas também as jogadoras, além de levar o futebol para lugares onde meninas não têm nenhuma oportunidade de jogar, fazendo com que o futebol se torne um esporte cada vez mais inclusivo para as mulheres.