Minas Gerais tem conquistado posição de liderança no cenário turístico brasileiro. O estado obteve o maior volume de atividades turísticas, além de registrar crescimento superior a 720% em relação à média nacional.
Segundo o IBGE, a variação do volume das atividades turísticas de Minas Gerais, em abril de 2023, correspondeu a 10,1% no comparativo com o mesmo período de 2024, enquanto a variação do volume nacional foi de 1,4%.
De acordo com o relatório do Observatório de Minas Gerais, o faturamento do turismo no acumulado de janeiro até abril de 2024 foi de R$ 73 bilhões, sendo o maior montante contabilizados em 8 anos pelo Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).
Com relação à demanda por turismo rural, 74% dos turistas optam pelo segmento para contemplar a natureza e 73% pela comida caseira. Minas também lidera a lista de estados mais procurados para visitação, sendo apontada por 42% das respostas, seguido por São Paulo com 35% e Rio Grande do Sul com 23%. Os dados são da 2ª edição da pesquisa Demanda Turismo Rural realizada pela SPRINT Dados.
De acordo com o economista e coordenador do curso de economia do IESB, Riezo Almeida, é necessário encarar o turismo como uma política de estado. Para ele é necessário integrar esforços governamentais para preservar o turismo local brasileiro.
“O turismo brasileiro tem um potencial enorme e não adianta ser feito só pelo governo, só pela organização da sociedade civil ou só pelas famílias. Há uma unanimidade em saber que o turismo e o potencial dele tem que estar agregado com vários setores. Não adianta um local ser muito bonito e não conseguir prestar um bom serviço. Então os governos municipais se preocupam com a sua preservação e conservação e exploração turística. Mas isso tudo tem que ser aliado a uma política mais governamental, trazendo os parceiros econômicos e sociais”, afirma.
Emprego e Renda
Dados do Novo Caged indicam um saldo positivo de 2.306 empregados no setor de turismo em Minas Gerais em maio de 2023. Esses números alcançam um estoque de empregos formais de 382.375 no setor turístico, o que sinaliza um aumento de 8,5% em relação a maio de 2024. Já o estoque de empregos ligados à cultura foi de 353.854 em maio. O segmento teve um aumento de quase 0,6% quando comparado ao mês de abril.
Para o economista, em âmbito nacional além do aspecto diretamente ligado à arrecadação o setor se mostrou essencial para a geração de empregos.
“A contribuição do turismo doméstico na economia brasileira, ocorre na produção, na renda e no emprego dos principais pontos turísticos brasileiros. Porque fica evidente que a circulação de mais recursos financeiros e humanos nesses locais trazem um fluxo de renda para a população e o dinheiro circula tanto para o governo, que recebe mais impostos como para a população, que podem abrir mais oportunidades de emprego e gerar mais renda dentro do município onde fica esses locais de turismo”, ressalta.
De acordo com o Conselho Mundial de Viagens de Turismo, atualmente o turismo possui uma participação de 7,5% do PIB nacional.