Em sua quinta participação na Mostra CASACOR, Juliana Cascaes foi novamente convidada para assinar mais um ambiente na mostra, o espaço “Caminhos Paranã”, que significa caminhos do rio em algumas línguas do Brasil, especialmente entre os povos que habitam a região amazônica. A instalação artística, inspirada na identidade cultural indígena brasileira e no reconhecimento e respeito às comunidades, poderá ser vista entre os dias 29 de outubro e 8 de dezembro, durante a 14ª edição da CASACOR Mato Grosso, que ocupará um amplo espaço anexo à Arena Pantanal.
Juliana conta com a participação de Denilson Baniwa, indígena do povo Baniwa e curador do Pavilhão Brasil na Bienal de Arte de Veneza, que terá um vídeo seu projetado na parede, refletindo sobre os aspectos da pandemia de coronavírus e a força que os indígenas encontraram na natureza, principalmente no Rio Negro. “O espaço faz uma reflexão sobre a vida, a cultura indígena e como as famílias se estruturaram na região”, explica Baniwa.
“De presente, o agora”, a edição deste ano destaca a valorização da produção cultural e dos saberes ancestrais, com um olhar atento à construção de um futuro sustentável. No espaço, que tem as paredes pintadas de preto e o teto de concreto, Juliana também conta com peças como o banco Banco Infinito, assinado por Fernanda Marques para a Breton.
Já a instalação “Pingente”, de Carol Gay, é composta por pendentes e luminárias Amazônia, desenhados pela designer. O vidro surge como elemento refrator da luz, comunicando uma releitura dos tradicionais lustres de cristal. Porém, em um segundo olhar, percebe-se o que há além do aceno ao clássico nas formas apresentadas. “Uma coleção de pingentes de caráter único se sobrepõe e se enfileira, revelando o traço inquieto da minha trajetória de design e a expertise dos mestres vidreiros”, explica Carol Gay.
Os elementos individuais da instalação são representações da fauna e flora brasileiras, em especial da Região Amazônica. Segundo a designer, trata-se de um resgate da importância de eternizar, assim como o vidro quando esfria, a riqueza e biodiversidade deste importante bioma. Essa reflexão então se materializa em pingentes com formas de cobras, folhagens, jacarés e flores tropicais, que, assim como na natureza, convivem juntos e livres.
“A cultura indígena do Mato Grosso é rica em arte, simbolismo e espiritualidade. Minha intenção neste ambiente é destacar a conexão profunda desses povos com a natureza, algo essencial para promover a conscientização sobre a importância da preservação ambiental e da sustentabilidade”, finaliza Juliana Cascaes.
SERVIÇO: Juliana Cascaes assina ambiente com instalação artística na CASACOR Matogrosso
ocal: Arena Pantanal
Av. Agrícola Paes de Barros, s/n – Verdão, Cuiabá – MT
https://casacor.abril.com.br/mostras/mato-grosso/
Sobre Juliana Cascaes
Arquiteta e pós-graduada em design de interiores, entende a arquitetura como uma coletânea de emoções e experiências que devem ser catalisadas para desenhar, não só de maneira estética, mas funcional, os anseios mais íntimos dos seus clientes. Transformar espaços em atmosferas significativas e ecossistemas harmônicos, entendendo cada habitat como único, extrapolando as fronteiras da liberdade criativa é o seu propósito.
Juliana tem mais de 13 anos de experiência na área de arquitetura. Durante sua carreira, participou de sete edições da mostra CASACOR, incluindo cinco no Mato Grosso e duas em São Paulo.
https://www.julianacascaes.com/
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VANESSA FUSCO DOS SANTOS
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