O tema que retrata o livro e, logo após, um filme é sobre a vida de Susie Salmon. Essa história de Susie Salmon foi verdadeira?
Você leu o livro ou viu o filme que envolve a história de Susie Salmon, que citamos acima? Pois bem, ambas as produções tiveram sucesso em suas adaptações, nas quais mostra, como centro da história, a menina adolescente Susie Salmon e sua vida.
A história de Susie Salmon foi, de fato, verdadeira?
Para início de conversa, além da criação de histórias em si e seus roteiros, sabemos que muito do que é feito vem das experiências dos autores.
Seja criando um universo paralelo ou uma história totalmente do zero, seus personagens, enredos, cenários, possuem traços e elementos das vivências dos autores.
Tanto para escritores e seus livros, como para roteiristas e escritores para as produções cinematográficas. Estas últimas, sem dúvidas, cada vez mais consumidas por nós, não apenas nos cinemas, mas também nos streamings e conteúdos sob demanda.
Por muitas vezes, no entanto, estes autores utilizam-se, portanto, de histórias que realmente aconteceram. Tomando-as como base para um novo enredo, utilizando-as para montagem de personagens ou encaixado dentro de um roteiro maior.
Há outros casos, adicionalmente, em que se entrega quase toda a produção a fatos e uma história que realmente ocorreu, a depender de como o roteirista, diretor ou escritor quer tratar sobre os fatos e assuntos em seus projetos.
No assunto deste artigo, queremos retratar um pouco mais sobre como a história da garota Susie Salmon influenciou na produção de livro e filme, os quais trataremos mais adiante.
Devemos ressaltar, enfim, que a história de Susie Salmon não existiu realmente. Na história, ela era uma garota, que vivia na região nordeste dos Estados Unidos, no interior da Pensilvânia. Mais especificamente na cidade de Norristown.
O filme, “Um Olhar do Paraíso”, lançado em 2010, tomou como base o livro de Alice Sebold, intitulado de “Uma Vida Interrompida”. Memórias de um Anjo Assassinado”.
Um pouco mais sobre o livro e do filme
Quando pensamos se a história de Susie Salmon foi verdadeira, ela, de fato, não existiu, conforme mencionamos acima. A personagem e a trama são fictícias, porém a escritora usou como base uma experiência que passou em sua vida.
Aos 18 anos, ela sofre um estupro em um beco na Universidade de Syracuse, a qual era estudante.
Ela, inclusive, escreveu um outro livro, intitulado “Sorte”, para detalhar mais sobre esta sua experiência marcante.
Diferentemente de Susie, que no livro e filme, paga com sua vida após ser estuprada, ela vive e denuncia o agressor e o mesmo é preso.
Tendo que lidar com isso por toda a sua vida, estas emoções que carrega foram fatores-chave para suas inspirações ao escrever o livro.
Na sua história fictícia, Susie Salmon é estuprada e morta aos 14 anos, pelo seu vizinho. A narrativa da mesma passa pela visão de Susie, que encontra-se no “purgatório”, não descansando até que sua família possa descobrir o que ocorreu e realizar a justiça.
Seu vizinho, George Harvey, passa despercebido pela polícia, porém aos poucos a família de Susie desconfia dele.
A família que, inicialmente, não quer acreditar na morte da menina, encontra seus sinais em um milharal próximo e o local onde ela supostamente morreu, cheio de marcas de sangue.
Encontraram, na trama, diversos indícios na casa de Harvey e, mesmo que não confessasse, ligaram ele a este assassinato e a de outras garotas e mulheres que morreram de maneira similar.
Com isso e as provas contundentes que reuniram, ele foi condenado e a família, por mais que não deixe o trauma, ficou um pouco mais tranquila pela justiça que ocorreu.
Produções para as telas onde utilizaram uma história real como base
Quando falamos no mundo do cinema, diversos filmes e séries surgem constantemente, fazendo-nos encantar cada vez mais com esse mundo maravilhoso.
As produções sempre procuram nos tocar, gerar emoções, nos envolver com suas tramas e personagens. A empatia, a tensão, a risada, todos estes são elementos que se buscam no público-alvo, gerando, dessa maneira, o maior engajamento possível.
Vale lembrar, porém, que as produções cinematográficas, sejam elas curta-metragens, longa-metragens, séries, documentários, entre outros, podem ter uma história real como base.
Isso não quer dizer, necessariamente, que se aplique ela em sua integridade. Assim como falamos, os criadores destas histórias também podem utilizar de sua criatividade e vivências pessoais para o roteiro.
Com certeza, algo que influi e permite essas mudanças, é a necessidade da produtora e equipe que trabalha em conjunto com os roteiristas, de uma nova visão.
Ou seja, o estudo do lado comercial, de como “vender” aquela história, causando o maior impacto possível. Passando também pela escolha do elenco mais ideal para aqueles papéis.
Isso, sem dúvidas, é primordial para o sucesso dessas produções. São estes os fatores que levam o público a consumir estes conteúdos, assinar os streamings.
Além disso, continuar frequentando as salas de cinema e gerar o prestígio para esta indústria milionária e seus envolvidos.
Podemos elencar aqui, por exemplo, algumas delas que tiveram histórias reais em sua base:
- Titanic;
- Prenda-me se for capaz;
- O Lobo de Wall-Street;
- Uma Mente Brilhante;
- Clube de Compras Dallas;
- A Voz Suprema do Blues;
- Alcatraz: Fuga Impossível
Conclusão
Vimos aqui a história por trás das produções a respeito de Susie Salmon, e que geraram debates extensos em seu tempo. Repercutindo, ademais, em leis nacionais nos Estados Unidos, onde se defende o direito e a não violência com a mulher e as punições devidas.
O livro e o filme repercutiram, à época, ao retratar da violência contra a mulher, sendo um tema relevante até hoje. Tema, inclusive, que necessita mostrar e combater, fazendo valer a conscientização e o devido combate a estes casos.
Ao tratar sobre o livro e o filme que citamos, vimos que mesmo que seja uma história marcante e que possam pensar que a história de Susie Salmon foi verdadeira, ela de fato não ocorreu. É apenas uma reprodução fictícia, retratando a violência com a mulher.